Política

Bauru tem 12 pré-candidatos a prefeito

Nos últimos meses, vários partidos já passaram a trabalhar com potenciais concorrentes e fecharam alianças e composições.

Bauru tem 12 pré-candidatos a prefeito

Por JCNET

A disputa pela Prefeitura de Bauru tem, por enquanto, 12 pré-candidatos a prefeito. O número ainda deve variar até as convenções, entre 20 de julho e 5 de agosto, quando os partidos vão confirmar os candidatos e registrar as chapas na Justiça Eleitoral. Parte dos potenciais candidatos pode desistir nos próximos meses e ir para a disputa de vereador ou ainda compor com outro candidato e ser vice.

Algumas legendas já fecharam coligações - o que também pode mudar até as convenções. Pelo menos duas dobradas de prefeito e vice foram encaminhadas. Outras, ainda procuram nomes para viabilizar a campanha. Já é possível notar pelo menos três grupos que se formam em torno de candidatos.

BLOCOS

O primeiro é o do atual prefeito Clodoaldo Gazzetta, que foi para o PSDB, conta com o PTB do vice-prefeito Toninho Gimenez, o PCdoB e o PL do deputado federal Capitão Augusto. Na oposição, Raul Gonçalves Paula pretende concorrer novamente. Ele está se filiando no DEM e definiu o vereador Fábio Manfrinato, do PP, como candidato a vice. Além das duas legendas, o PRTB e o PSL podem entrar na chapa.

Outra formação na oposição é a do Cidadania, que pretende lançar José Clemente Rezende, com o MDB, que vem com Rodrigo Mandaliti de vice. O Avante também faz parte da composição e há conversa com o PSB, do deputado federal Rodrigo Agostinho. Os demais candidatos ainda não definiram coligações, por enquanto, mas há conversas entre vários partidos para essas formações.

SEQUÊNCIA

Atual prefeito, Clodoaldo Gazzetta pretende concorrer a um novo mandato. O presidente de seu partido, o PSDB, Arildo Lima Jr., entende que o processo é normal. "O Gazzetta é o atual prefeito e deve tentar a reeleição. Temos pontos em discussão no partido. O PSDB defende um liberalismo econômico, mas com um olhar social, pois ainda temos muitas desigualdades. O País vive um momento difícil ainda. Isso impacta para todos os prefeitos, não é algo apenas de Bauru, mas é uma oportunidade de se mostrar tudo o que vem sendo feito", afirma.

OPOSIÇÃO

O DEM, que apoiou a eleição de Gazzetta, rompeu com o governo municipal ainda no primeiro ano e, desde então, vem fazendo oposição. A legenda está perto de receber Raul Gonçalves Paula e acredita que pode entrar bem na disputa. "O DEM saiu do atual governo pois, no primeiro ano, viu que muito do que foi falado nas eleições não seria cumprido e a forma de governar começou a ficar distante daquilo que acreditamos. Passamos a fazer oposição, mostrando problemas e também alternativas, e nestas eleições pretendemos mostrar propostas diferentes", afirma a vereadora Chiara Ranieri, presidente municipal do DEM.

Já o Cidadania coloca José Clemente Rezende como pré-candidato e também diz que lançará uma nova perspectiva na forma de administrar o município. "Vamos ter uma eleição diferente das últimas, com o eleitor interagindo mais e de forma rápida. O nosso partido entende que Bauru precisa voltar a ter um protagonismo no Interior e ser o grande polo regional que já foi no passado. Mas para isso, tem que incentivar a cadeia produtiva, através da indústria e do comércio, e fazer um governo com inovação. Só assim dá pra mudar", avalia o presidente do Cidadania, Arnaldo Ribeiro.

ESQUERDA

Dentro dos partidos do chamado campo progressista, reunindo legendas que vão do centro até a esquerda no espectro ideológico, o PT é o que tem mais espaço na mídia, após ter ficado por mais de uma década no comando do País. A legenda segue com a maior bancada da Câmara dos Deputados, o que lhe confere também o maior tempo de propaganda no rádio e na TV durante as eleições municipais.

Esse fator será aproveitado em Bauru, afirma o presidente Cláudio Lago. "O diretório estadual orientou os municípios de maior porte a ter candidato próprio. Estamos conversando com outros partidos para tentar construir uma frente progressista em Bauru, mas respeitando todas as legendas, pois algumas pretendem ter candidato também, como o PSOL. Além deles, pretendemos dialogar com o PDT, PSB, Rede, enfim, partidos mais alinhados com o pensamento do PT. Como um partido que tem espaço na propaganda eleitoral, temos que fazer a discussão local, mas mostrando a situação nacional também. Esse será um papel importante nosso", comenta.

Já o PDT ainda não confirma se terá candidato próprio, mas tem Sandro Bussola como pretendente. Ele, contudo, pode ir para o PSD, legenda mais ao centro no espectro, controlada desde o final do ano passado por aliados de Bussola, tendo Júnior Rodrigues, assessor do vereador, como presidente em Bauru. Uma composição entre PDT e PSD é avaliada. "Ainda não definimos como o partido estará, mas vamos participar com protagonismo, como sempre fizemos", afirma o presidente da legenda, Gerson Pinheiro.